por Marcius Cortez*
O jovem Fidel Castro (Nova Alexandria, 160 páginas, edição ilustrada), que recentemente chegou às livrarias brasileiras, é uma obra com concisão e inspiração. No entrelugar do tempo, datado de
Com uma narrativa contemporânea, O jovem Fidel Castro avança por seus liames fazendo ver que foi um livro pensado, pois há uma amarração adequada. De repente, nos dois últimos capítulos, a seqüência histórica se rompe para que o leitor fique a refletir sobre o que foi a revolução cubana e porque se manterá, até mesmo se um dia ela vier a acabar.
O jovem Fidel Castro tem um conjunto. É um relato anti-narcisístico, por excelência. O autor não entra em disputa com o objeto da sua obra. Fidel pode ser assim explicado com clareza e apuro. Roniwalter Jatobá consegue não se afastar do despojamento revolucionário desse grande vulto da história do século XX e XXI, tanto é que o livro descortina um lirismo embora se mantenha firme ao não compactuar com o estilismo fácil, realizando uma obra no ponto maduro e fértil.
*Marcius Cortez é crítico e autor de O golpe na alma
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